Na literatura, foi desenvolvido em Portugal o Trovadorismo.
Os poemas dessa época eram feitos para serem cantados por poetas e músicos.
Recebiam o nome de cantigas, porque eram acompanhados por instrumentos de corda
e sopro. Mais tarde, essas cantigas foram reunidas em Cancioneiros: o da Ajuda,
o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.
A produção poética medieval portuguesa pode ser agrupada
em dois gêneros: Gênero lírico em que o amor é a temática, estes são as
cantigas de amor e as cantigas de amigo e há também as cantigas satíricas que
podem ser de escarnio ou maldizer.
- Cantigas de amor:
- Eu-lírico masculino; sofredor
- Ambiente palaciano; mulher desejada
- Vassalagem amorosa, onde o eu-lírico assume uma
atitude de vassalo perante a mulher/servo
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Imagem retirada de:
http://linguaportuguesapb.blogspot.com.br/2011/03/
trovadorismo-em-imagens.html
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- O nome da mulher amada está sempre oculto, pois
geralmente ela é casada.
- Composição masculina
- O amor entre o eu-lírico e a mulher amada nunca foi
real
- Cantigas de amigo:
- Eu-lírico feminino
- Ambiente popular
- Amor real (expressa saudade)
- Composição com dialogo
- Cantigas Satíricas: Existem dois tipos
- Cantigas de Escárnio: apresentam críticas sutis e
bem-humoradas sobre uma pessoa que, sem ter nome citado, deve ser facilmente
reconhecível pelos demais elementos da sociedade.
- Cantigas de Maldizer: crítica pesada, com intensão de
ofender a pessoa ridicularizada. Há o uso de palavras grosseiras (palavrões,
inclusive) e é citado o nome ou o cargo da pessoa sobre quem se faz a sátira
- Novelas de cavalaria:
Também floresceu um tipo de prosa ficcional, as novelas
de cavalaria, originárias das canções de gesta francesas (narrativas de
assuntos guerreiros), onde havia sempre a presença de heróis cavaleiros que
passavam por situações perigosíssimas para defender o bem e vencer o mal.
Sobressai nas novelas a presença do cavaleiro medieval, concebido segundo os
padrões da Igreja Católica (por quem luta). As novelas de cavalaria estão
divididas em três ciclos e se classificam pelo tipo de herói que apresentam. As
que apresentam heróis da mitologia greco-romana são do ciclo Clássico (novelas
que narram a guerra de Tróia, as aventuras de Alexandre, o grande); as que
apresentam o Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda pertencem ao ciclo
Arturiano ou Bretão (A Demanda do Santo Graal); as que apresentam o rei Carlos
Magno e os doze pares de França são do ciclo Carolíngeo (a história de Carlos
Magno). Geralmente, as novelas de cavalaria não apresentam uma autoria. Elas
circulavam pela Europa como verdadeira propaganda das Cruzadas, para estimular
a fé cristã e ter o apoio das populações ao movimento. As novelas Amandis de
Gaula e A Demanda do Santo Graal foram as histórias mais populares que
circulavam entre os portugueses.
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