quinta-feira, 5 de junho de 2014

Literatura no Trovadorismo

Na literatura, foi desenvolvido em Portugal o Trovadorismo. Os poemas dessa época eram feitos para serem cantados por poetas e músicos. Recebiam o nome de cantigas, porque eram acompanhados por instrumentos de corda e sopro. Mais tarde, essas cantigas foram reunidas em Cancioneiros: o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.
A produção poética medieval portuguesa pode ser agrupada em dois gêneros: Gênero lírico em que o amor é a temática, estes são as cantigas de amor e as cantigas de amigo e há também as cantigas satíricas que podem ser de escarnio ou maldizer.

  • Cantigas de amor:

- Eu-lírico masculino; sofredor

- Ambiente palaciano; mulher desejada
- Vassalagem amorosa, onde o eu-lírico assume uma atitude de vassalo perante a mulher/servo
Imagem retirada de:
http://linguaportuguesapb.blogspot.com.br/2011/03/
trovadorismo-em-imagens.html

- O nome da mulher amada está sempre oculto, pois geralmente ela é casada.

- Composição masculina

- O amor entre o eu-lírico e a mulher amada nunca foi real

  • Cantigas de amigo:

- Eu-lírico feminino

- Ambiente popular

- Amor real (expressa saudade)

- Composição com dialogo

  • Cantigas Satíricas: Existem dois tipos

- Cantigas de Escárnio: apresentam críticas sutis e bem-humoradas sobre uma pessoa que, sem ter nome citado, deve ser facilmente reconhecível pelos demais elementos da sociedade.

- Cantigas de Maldizer: crítica pesada, com intensão de ofender a pessoa ridicularizada. Há o uso de palavras grosseiras (palavrões, inclusive) e é citado o nome ou o cargo da pessoa sobre quem se faz a sátira

  • Novelas de cavalaria:

Também floresceu um tipo de prosa ficcional, as novelas de cavalaria, originárias das canções de gesta francesas (narrativas de assuntos guerreiros), onde havia sempre a presença de heróis cavaleiros que passavam por situações perigosíssimas para defender o bem e vencer o mal. Sobressai nas novelas a presença do cavaleiro medieval, concebido segundo os padrões da Igreja Católica (por quem luta). As novelas de cavalaria estão divididas em três ciclos e se classificam pelo tipo de herói que apresentam. As que apresentam heróis da mitologia greco-romana são do ciclo Clássico (novelas que narram a guerra de Tróia, as aventuras de Alexandre, o grande); as que apresentam o Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda pertencem ao ciclo Arturiano ou Bretão (A Demanda do Santo Graal); as que apresentam o rei Carlos Magno e os doze pares de França são do ciclo Carolíngeo (a história de Carlos Magno). Geralmente, as novelas de cavalaria não apresentam uma autoria. Elas circulavam pela Europa como verdadeira propaganda das Cruzadas, para estimular a fé cristã e ter o apoio das populações ao movimento. As novelas Amandis de Gaula e A Demanda do Santo Graal foram as histórias mais populares que circulavam entre os portugueses. 

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