quinta-feira, 5 de junho de 2014

Morfologia

Classe de Palavras:

  • ·        Substantivo:  Classe de palavras que da nome para todos os seres. Podem ser classificados em:

Próprio – indica um ser “único”, como por exemplo, João
Comum – Indica qualquer ser, por exemplo, dentista
Primitivo – Não deriva de outra palavra, mas sim é dela que derivam outras
Derivado – Palavras derivadas de outras
Simples – formado por apenas um palavra
Composto – Formado por duas ou mais palavras, exemplo, couve-flor
Concreto – Seres reais ou que podem  vir de nossa imaginação, exemplo, bruxa
Abstrato – Tudo o que não é real, exemplo, sentimento
Coletivo – um grupo de seres, mas que forma apenas uma palavra/coletivo, exemplo, enxame.
Os substantivos também podem ser classificados de acordo com o seu gênero: Biforme (que possuem uma forma para o masculino e outra para o feminino – medico e medica) ou Uniforme (possuem uma forma para o masculino e outra para o feminino, mas apenas a vogal que muda – o dentista e a dentista)

  • ·        Adjetivo: Dá características ao ser/substantivo. Podem ser classificados em

- Primitivos: Não deriva de outra palavra, mas sim é dela que derivam outras
- Derivados: Palavras que vem de outras
- Simples: tem apenas um radical
- Composto: tem dois ou mais radicais

Também podem ser classificados quanto ao seu grau sendo comparativo, que podem ser de igualdade, superioridade ou inferioridade ou superlativos, que são absolutos ou relativos.

  • ·        Artigo: Classe que determina ou não o substantivo. Podem ser:

- Definidos: indicam um ser especifico exemplo, ele é o dentista. É um dentista específico
- Indefinidos: indicam seres de modo geral exemplo, ontem eu peguei uma flor para a minha mãe. Qualquer dentista

  • ·        Pronome: Classe de palavras que acompanha ou pode também substituir o substantivo. Classificação:








  • ·        Numeral: Da quantidade, fração, multiplicação e posição dos substantivos
  •            Verbo: Indica ação ou estado. Classificação: 

- Principal, Auxiliar, De Ação, De Ligação, Regular, Irregular, Defectivo,  Pronominal, Transitivo,  Intransitivo

Subclassificação:
- Intransitivo: tem sentido completo e não precisa de complemento
- Transitivo – direto: não tem sentido completo e precisa de um complemento mas este não precisa de uma preposição. Exemplo: Eu assisti TV
- Transitivo – indireto: não tem sentido completo e precisa de um complemento mas este precisa de uma preposição. Exemplo: Eu Sorri para ele
- Ligação: Indicam o estado do sujeito
    
Modo : como a pessoa realiza a ação
   - Indicativo - ação real
   - Subjuntivo – a ação pode ou não ocorrer, possibilidade.
  -  Imperativo-  a ação é um ordem
   - Infinitivo- verbo não conjugado

Tempo:  Quando a ação se realiza
- Presente – acontece no momento em que se fala
- Passado -  (pretérito)
Perfeito – A ação acabou pouco tempo antes do momento em que se fala
Mais-que-perfeito – Acontecimento passado a outro passado
Imperfeito – ação habitual e prolongada
-  Futuro – ação futura ao momento em que se fala.







Os Lusíadas em Quadrinhos - Ilha dos Amores












Os Lusíadas

 Os lusíadas:

- Divisão da obra: Internamente a obra é dividida em duas partes: a proposição e a invocação. Essas partes continham o anuncio do assunto e o pedido de inspiração às musas. Após essas partes vinha a dedicatória, onde se exaltavam as virtudes religiosas, politicas e guerreiras do rei ou de um nobre importante; após a dedicatória iniciava-se a narrativa, arrematada por epílogos.

- Estrutura, rima e métrica: É dividido em 10 cantos, os quais se subdividem em estrofes de oito versos decassílabos cada um. Essas estrofes chamam oitavas-rimas e nos seis primeiros são alternadas e nos dois últimos emparelhadas, ou seja, ab/ab/ab/cc.


- Principais cantos: Inês de Castro, Velho do Restelo, Gigante Adamastor e Ilha dos Amores. 
Imagem retirada: http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/
literatura/classicismo/luis-vaz-de-camoes.html

Luís Vaz de Camões foi o autor desta incrível durante o período Classico sua vida é uma incerteza até hoje pois não sabemos exatamente todos os seus dados e a maioria deles é baseado em suposições. Nasceu em meados de 1542 em um pequena família que fazia parte da nobreza, recebendo portanto uma “educação esmeralda” e é bem provável que tenha cursado Humanidades em Coimbra.

Quando jovem frequentou alguns círculos aristocráticos e a boêmia literária de Lisboa, porém acabou optando ir para as guerras para defender seu país. Combateu em Marrocos e lá acabou perdendo um olho em combate, porém não desistiu e por volta de 1550 alistou-se para a Índia, mas não chegou a embarcar. Em 1552 se envolveu em uma briga e acabou ferindo Golçalo Borges, assim foi preso e passado alguns meses recebeu uma carta de perdão.

Viajou por muitos locais incluindo Índia e Goa, onde acabou novamente preso. Depois de anos no Oriente aceitou uma oferta de emprego em Moçambique feita por um amigo que iria pagar as passagens. Dois anos depois voltou para Lisboa trazendo consigo “Os Lusíadas”. Em 1572 a obra foi editada e conseguiu uma pensão de 15.000 reis.

Apesar de sua  fama e do prestígio como poeta, seus últimos anos foram na miséria. Morreu em 1580 e seu enterro foi pago por uma instituição de caridade, a Companhia dos Cortesãos.


Classicismo

Classicismo é o nome que se dá à literatura produzida durante a do Renascimento (século XVI). Algumas de suas principais características:
Imagem retirada de: Sandro Botticelli (Nascimento de Vênus) -
 http://classicismo-classicismo.blogspot.com.br/
- Valorização dos aspectos culturais e filosóficos da cultura das antigas Grécia e Roma.
- Uso da mitologia
- Amor platônico
- Busca da universalidade.
- Influência do pensamento humanista.
- Antropocentrismo: o homem como o centro do Universo.
- Críticas as explicações e a visão de mundo pautada pela religião.
- Racionalismo: valorização das explicações baseadas na ciência.
- Busca do equilíbrio, rigor e pureza formal.
- Universalismo: abordagem de temas universais como, por exemplo, os sentimentos humanos.
- Nesta época acontecia também a crise na igreja, expansão marítima, mercantilismo e a reforma protestante
Literatura:
Sá de Miranda -Imagem retirada de:
 http://www.estudopratico.com.br/
sa-de-miranda-biografia-e-obras/ 

-  O marco inicial da literatura no Classicismo é quando Sá de Miranda retorna a Portugal e traz o doce estilo novo (soneto + medida nova)
-  Versos decassílabos
-  Nas formas poéticas utilizaram o soneto, a ode, a elegia, a écloga e a epopeia.
      - Temas: reflexão moral, filosofia, política além de um lirismo amoroso
Obras:
 Uma obra literária que marcou o classicismo foi "Os Lusíadas" de Luiz Vaz De Camões, publicado em 1572 . Que se trata da viajem de Vasco da Gama as Índias; mas também tinha como objetivo relatar os grandes feitos heroicos de Portugal.
Imagem retirada de:
http://delirios-lucidos.blogspot.com.br/2012/08/
resenha-os-lusiadas.html

  "Os Lusíadas" é dividido em 10 cantos, subdividido em estrofes de 8 versos, que é escrito em somente versos decassílabos, ou seja em 10 silabas métricas. Esse tipo de verso ficou conhecido como
"medida nova".
  Entre a obra "Os Lusíadas" está também outras obras de destaque no período classicista, como
 Gil Vicente: Farsa de Inês Pereira; Auto dos Reis Magos; Auto da Barca do Inferno; Auto da Barca do Purgatório; Auto da Lusitânia e O Velho da Horta. 
Francisco Sá de Miranda: Cleópatra (obra dramática); Vilhalpandos; Estrangeiros. 
Bernardim Ribeiro: Menina e Moça; Cancioneiro Geral; Ontem pôs-se o Sol; Ao Longo de uma Ribeira.

Vídeo Aula sobre Classicismo e Os Lusíadas



Movimento Classicista

O movimento classicista teve inicio na Itália no séc. XIV, e se espalhou facilmente por toda a Europa, graça ao surgimento da imprensa que tornou possível fazer com que as noticias se espalhassem rapidamente. O classicismo teve seu inicio ainda no período renascentista e buscou inspiração na cultura greco-romana.

Acredita-se que o classicismo português teve um fim no ano de 1580 com a passagem de Portugal para domínio espanhol e com a morte de seu célebre representante Camões.


Principais Autores do Humanismo

  • Fernão Lopes: Não se sabe muito sobre a vida de Fernão Lopes, mas acredita-se que ele tenha nascido entre 1380 e 1390, e falecido em 1460. Historiador e artista, tinha uma visão de conjunto da sociedade, e em suas crônicas retratou a importância dos fatores econômicos e do povo na história. É considerado o introdutor da historiografia em Portugal. Sua obra contém ironia e crítica à sociedade portuguesa e Mesmo centralizando sua crônica nas ações da família real, Fernão Lopes também investigou as relações entre outras classes sociais e captou o sentimento coletivo da nação. Seu maior mérito foi conciliar pesquisa histórica e qualidade literária.

  • Gil Vicente: Gil Vicente cresce no universo do humanismo. Escreveu autos, comédias e farsas, em castelhano e em português. São conhecidas 44 peças, 17 em português, 11 em castelhano e 16 bilíngues. Destacam-se dois gêneros:

a) os autos, com a finalidade de divertir, de moralizar ou de difundir a fé cristã; 
    

b) as farsas, peças cômicas de um só ato, com enredo curto e poucas personagens, extraídas do cotidiano.

O ponto mais forte de Gil Vicente é a  criação de tipos humanos como o velho apaixonado, a alcoviteira, a velha beata, o escudeiro fanfarrão, etc...

Escritas em versos, suas peças são repletas de trocadilhos e ditados populares. E sua critica é muito mais aos indivíduos corruptos do que à religião em si mesma, seus dogmas e hierarquias. Assim, Gil Vicente vê no teatro como uma forma de denunciar a degradação dos costumes, seja na Igreja, na família ou entre as classes profissionais. Acima de tudo, acredita no poder do riso como uma maneira de recolocar o homem no bom caminho. 


Literatura no Humanismo

  • Crônica histórica

 Eram a ordem cronológica dos fatos históricos. As mais famosas crônicas foram a de Fernão Lopes: Crônica Del-Rei D.pedro I que narra os principais feitos durante o reinado de D. Pedro I, Crônica del-Rei D. Fernando que mostra o perfil psicológico de D. Fernando e sua esposa; e a Crônica del-Rei D. João I que retrata o governo de D. João I

  • Poesia palaciana

 - A poesia palaciana retrata os costumes da coorte e apenas os nobres a produziam.
- O amor é tratado como de forma mais sensual e a mulher já não é mais idealizada como no trovadorismo.
- Nesta época começou também a separação entre a música e a poesia.
  • Teatro popular

 - Podemos dizer que o teatro português começou com Gil Vicente, antes dele só existiam pequenas montagens simples e improvisadas.

- Gêneros: mistério (vida de Cristo), moralidade (representação de conceitos abstratos) e milagres (santos)

  • Auto

 Auto é um nome para definir textos criados para representação no final da Idade Média. Geralmente possuem fundos religiosos, mas podem também apresentar caráter satírico. Os autos de Gil Vicente influenciaram e influenciam até hoje inúmero autores. No Brasil, dois exemplos são Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna e o Auto de Natal Pernambucano, escrito por João Cabral de Melo Neto

  •  Encenações profanas

 - Apresentação popular que era apresentada em praças e feiras com intenção satírica. Ela pode ser farsa (modo circense tratando do cotidiano de modo irônico), momos (personagens mascarados que ridicularizavam os costumas) e arremedos (imitações engraçadas/cômicas de pessoas e fatos)